sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Preparativos

Após desligar o telefone a Rainha despe-se e coloca seu baby doll de cetim branco cravejado de diamantes que ela comprou no Velho Continente, esse baby doll fora um achado, não se fabricava mais peças como essa.

Agora seminua, apenas com uma calcinha de algodão, a do mesmo tipo que ela dorme desde os seus quinze anos, ela observa-se no espelho DiamongGuard. Corpo atlético, porém feminino, sem músculos, sem gorduras, o auge da feminilidade. Seus seios não eram grandes, mas eram firmes e rosados, ela gabava-se de poder vestir qualquer coisa sem sutiã e seu seio não mover um centímetro.

Percebendo que não poderia perder muito tempo ela se vira para o guarda roupa e pega uma calça de Sarja e uma blusinha, nada muito formal, mas também nada informal. Uma mulher de sua posição não podia gabar-se de usar roupas informais quando quisesse, era preciso mostrar quem era, e artigos vestuários sempre são ótimos pedidos.

Seguindo para o banheiro ela opta por tomar um banho na sua ducha em detrimento a sua Jacuzzi, raramente ela fazia essa escolha, o banho nessa banheira era algo inexplicável, algo próximo do transcendente, mas o tempo não permitia tais prazeres.

Com a água escorrendo pelo seu corpo a Rainha começa a refletir sobre tudo que já aconteceu, e tudo que poderá acontecer. Já bastava a morte de dois cientistas importantíssimos da sua empresa nesse último ano. Agora ela tentaria evitar a qualquer custo a morte de qualquer pessoa relacionada a ela, mas se caso a pessoa que ela imagina estar por trás do roubo der de frente com ela, ela não hesitaria, e ela mesmo a mataria.

Após terminar o banho ela escuta o barulho do helicóptero pousando. Colocou as roupas apressadamente, deixando os acessórios para trás, pegando apenas o celular e o rádio para alguma emergência.

Entrou no helicóptero e seguiu rumo ao aeroporto Clouds UP para que pudesse seguir a viagem no seu avião rumo ao Reino Sea.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Calm Down

A rainha parecia que teria mais uma noite calma, tranquila e sem surpresas no Reino Calm Down, porém um telefonema durante a madrugada mudou toda a sua rotina.

- Alo?
- Você sabe que horas são?
- Sei sim, minha Rainha, peço-lhe perdão pelo incomodo, mas o assunto é urgente.
- Seja breve
- Lembra daquele satélite experimental que a AIRI tem e que estava quebrado?
- Sim, o YWP/YLF
- Esse mesmo, eles conseguiram arrumá-lo. Só que deixaram dentro de um Boeing 747 num hangar do aeroporto de Flying Dust.
- Prossiga
- Só que a pouco tempo esse mesmo avião foi roubado.
- O que? Roubaram o avião com aquele maldito satélite?
- Sim!
- Quem foi o cadáver que roubou?
- A estrela consumou o roubo, mas acredito que ela esteja sendo chantageada por alguém.
- Realmente, eu a odeio, mas tenho que admitir que ela não faria algo desse tipo por livre e espontânea vontade.
- Posso derrubar esse avião a qualquer momento, basta uma ligação sua. Ela está com uma autorização falsa para voar, o que nos permite abatê-la, ainda mais se tratando de um roubo.
- Nem pense nessa possibilidade, ele jamais me perdoaria.
- Provavelmente não.
- Ela está indo para onde?
- Reino Sea!
- Foi você que contratou ela e armou tudo?
- Não! Nunca falei mais que meia dúzia de palavras com ela.
- Tudo bem, está vindo para cá?
- Não posso, a agência me incumbiu de outros planos. Eles querem que eu os ajude a recuperar o satélite.
- Certo, então continue ai e mantenha-me informada. Além disso, prepara meu avião no aeroporto de Clouds Up e mande um helicóptero me pegar em casa.
- Já providenciarei.
- Essa missão suicida pode ser interessante para nós.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Plano de voo

Após uma decolagem sem grandes problemas a Estrela reza e agradece por ter comprado o Flight Simulator nas últimas férias e ter passado horas a fio jogando, principalmente esse Boeing 747 que ela acaba de decolar que era um dos favoritos dela perdendo apenas para os da série 737.

Shhhh

- Esse avião não tem permissão para voar, por favor, retorne ao aeroporto Flying Dust e pouse-o imediatamente.
- Two Days ?
- Estrela ?
- Sim !
- O que você está fazendo prima, enlouqueceu?
- Não, eu preciso fazer isso.
- Infringir regras aeronáuticas? Você não precisa e nem deve fazer isso.
- Você não entende, é necessário.
- Você tem autorização para voar com esse avião?
- Não, peguei-o escondido.
- Além de não ter permissão para voar você também roubou o avião. Você está totalmente encrencada prima.
- Eu sei disso, mas não tive escolha.
- Explique o que está acontecendo.
- Não posso.
- Prima, infelizmente não posso fazer nada e você terá que voltar.
- Não, eu não posso, tenho que chegar ao meu destino.

Percebendo que a voz da estrela ficava cada vez mais nervosa durante a conversa Two Days decide ser mais maleável com ela.

- Qual seu destino?
- Reino Sea.
- Isso é uma piada?
- Não, eu tenho que levar esse avião para lá.
- E vai pousar esse 747 como? No meio do mato? Você sabe que o aeroporto de Sky Down no Reino Sea não suporta aviões desse porte.
- Eu sei disso, mas darei um jeito de pousá-lo sem maiores problemas no aeroporto.
- Você tem sorte de ter me pego como controladora de voo, se fosse outro já teria mandado alguns caças F-16 para abatê-la ou conduzi-la de volta para Flying Dust.
- Também sei disso, você vai me ajudar ou não?
- O que eu posso fazer?
- Arrume uma autorização para voar.
- Tentarei fazer isso, mas reconsidere essa idéia de pousar em Sky Down, siga para outro aeroporto próximo ou volte para cá.
- Não posso voltar, com certeza o sumiço desse avião já deve ter sido noticiado em todos os cantos do reino e seria loucura voltar, e além disso, eu não tenho escolha, tenho que levá-lo ao Reino Sea.
- Será noticiado em todos os lugares, e você será presa em qualquer aeroporto.
- Provavelmente, mas não tenho escolha.

Por que ela sempre diz que não tem escolha? Por que ela está fazendo uma loucura dessas? Perguntava Two Days para si mesma.

- Você sabe que preciso entregar seu plano de voo para qualquer autoridade quer vier pedir, certo?
- Sim, eu sei.
- Está certo, estou quase conseguindo sua autorização.

Sabendo que estava quebrando as regras e poderia acabar na cadeia, Two Days arma tudo para que ela possa se passar de vitima fazendo com que toda a culpa caísse sobre a estrela, afinal ela já estava com a corda no pescoço, uma pena a mais uma a menos faria pouco diferença nesse momento.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Flying Dust

- Entendeu o que tem de fazer?
- Sim, mas não sei se consigo.
- Você sabe muito bem o que acontecerá se falhar ou hesitar.
- Por favor, não, tenha calma.
- Minha paciência com você passou dos limites, cumpra o combinado e nada de mal acontecerá.
- Certo.

Click.

A estrela sabendo que não teria escolha decide estudar sobre a rotina dos funcionários do aeroporto de Flying Dust, o aeroporto do Reino Insalubre, principalmente do hangar onde estava o Boeing 747 que carregava o satélite YWP/YLF.

Depois de passar alguns dias observando o aeroporto e o hangar em questão, ela percebe uma falha na segurança que poderia ser sua chance.

Ela então liga para o Cachorro de Fogo perguntando se ele emprestaria o seu avião para ela fazer uma pequena viagem. Cachorro de Fogo que mal conhecia a estrela decide emprestá-lo por consideração ao racional, e também pelo fato dela possuir um brevê e consideráveis horas de voo com o mesmo modelo de Learjet que possuía.

Mandada a autorização para que ela pudesse pegar o Learjet seguiu até o hangar onde ele estava. Porém como previra, naquele mesmo momento estava havendo a troca de seguranças dois hangares à frente. Era lá que precisava chegar.

Fingindo que precisava ir ao banheiro ela saí daquele hangar e corre para pegar o Boeing 747 dois hangares à frente.

Ao entrar no hangar ela lembrou do que tinha acontecido entre ela e o satélite YWP/YLF, e por um momento hesitou de continuar com tudo, mas ela não podia, e seguiu em frente.

No cockpit do avião, que nunca havia pilotado anteriormente, ela percebe o motivo da rota sem sentido que lhe fora dada, só havia combustível para chegar até aquele aeroporto.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Breaking the habbit

Logic, Abstract e o Racional saem da casa quando o racional avista um escaravelho repousando confortavelmente do lado da porta de entrada de sua casa. Um pouco confuso com a visão ele pensa consigo mesmo, já não bastava ter visto a Fênix no meu quarto agora também vejo um escaravelho na minha porta, só falta achar algumas pirâmides e faraós soltos por aí.

Os três entram no Sentra preto da AIRI que estava estacionado em frente à casa do Racional. Logic ficou na direção, Abstract ao seu lado e o Racional sentou no banco de trás.

Abstract ávido por escutar alguma música pegou o rádio que estava dentro do porta-luvas e colocou-o no console para depois ligá-lo. Nesse momento começou a tocar: I don't know how I got this way, I know it's not all right. O racional sabendo que a música que estava tocando era Breaking the Habbit começou cantar empolgadamente seguindo a letra, So I'm breaking the habit, I'm breaking the habit tonight. Então Logic teceu um comentário:

- Acordou empolgado hein ?
- Nenhum pouco, estou morrendo de sono e de pijama ainda.
- Então por quê canta com tanta empolgação?
- É Linkin Park, eles mexem comigo.
Depois do comentário feito por Logic, o racional pensou e riu consigo mesmo, realmente estava quebrando o hábito nesse dia, alias todo e qualquer hábito que previ para hoje foram por água abaixo.

Apesar do apartamento da Little Diamond ficar uns bons kilometros distante da casa do Racional a viagem não demoraria mais que alguns minutos, pois já estávamos madrugada adentro e Logic não tinha medo de passar todos os faróis vermelhos que via pela frente.

O racional ansioso por alguma resposta sobre onde ele poderia ajudar na caça a estrela e ao satélite YWP/YLF decide perguntar o motivo deles pegaram ele na sua casa. Abstract então respondeu:

- Você sabe que a Two Days é prima da estrela, certo?
- Sim, eu sei, mas o que tem haver isso?
- Lembra que falei que o plano de voo que temos fora nos dado por ela?
- Lembro-me
- Você não pensou que existe uma possibilidade dela ter omitido a rota certa da estrela e nos dado uma informação falsa?
- Mas se ela fez isso, ela estaria infligindo as regras de aviação vigentes, e acabaria presa.
- Sim, estaria.
- Onde você quer chegar então?
- Existem duas possibilidades, a primeira é que ela nos contou a verdade e a estrela realmente seguirá até o Reino Sea, pousando o avião não sabemos como ou seguirá até o Reino Hills onde existe uma pista de pouso excelente para um avião daquele porte?
- Por que ela não poderia seguir para outro lugar?
- Ela só tem combustível suficiente para ir nesses dois lugares.

Então eles chegaram ao apartamento de Little Diamond e estacionaram o carro. E o racional pegou o celular para ligar pra ela.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Logic e Abstract

- Podemos entrar?
- Claro

O racional então os acompanhou até a sala de estar. Os agentes Logic e Abstract acomodaram-se no sofá preto de couro sintético de três lugares e o racional ficara de frente para eles no mesmo sofá só que de dois lugares.

- Desejam alguma coisa? Água, refrigerante, suco, whisky.
- Uma dose de Label, disse Abstract.
- Um copo de água gelado, pediu Logic.

O racional levantou e foi buscar as bebidas na cozinha. A garrafa de Black Label ficava no armário ao lado da geladeira. Após adicionar dois cubos de gelo a dose estava pronta. O racional volta a sala e entrega as bebidas aos seus respectivos donos.

- O senhor imagina o motivo de nossa visita?
- Não, mas imagino o que seja.
- Fale-nos a sua opinião.
- O sumiço da estrela?
- Exatamente.
- Onde eu poderia ser útil?
- De acordo com o plano de vôo que conseguimos com a Two Days, o avião que a estrela roubara rumaria para o Reino Sea.
- Reino Sea?
- Lá mesmo.
- Mas como? Não existe nenhuma pista de pouso naquele reino com capacidade para suportar um avião daquele porte.
- Não sabemos, é exatamente onde você entra.
- Eu? Como?
- No carro explicamos. Precisamos buscar mais uma pessoa.
- Quem?
- Little Diamond.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Fênix

Depois desse dia turbulento o racional decide dormir em seu quarto. Observara que o seu quarto estava bem arrumado, confrontando com a realidade daquele reino. Decide então tirar a colcha verde clara de cima da cama e guardá-la no armário.

Após apagar a luz do quarto, o racional deita em sua cama e cobre-se com o lençol branco com listras verdes. Com os seus olhos se acostumando ao ambiente com menor claridade o racional começa a ver o seu quarto de um modo diferente.

As paredes do quarto eram pintadas com um tom de verde claro. Porém por obra do acaso, e apenas vista com luminosidade baixa, a parede que estava à frente da cama do racional trazia uma surpresa. A figura de uma Fênix. A ave que após a morte entrava num processo de auto combustão e depois de algum tempo renascia das próprias cinzas. Era o exemplo de que com determinação tudo pode voltar.

O racional filósofo como era, decide filosofar sobre a imagem da Fênix existente em seu quarto, bem de frente para sua visão. O que ela poderia representar na história? Seria mesmo obra do acaso, ou ela estava lá por algum motivo específico? Depois de passar longos minutos tentando achar uma resposta para essas indagações o racional sente sua pálpebra ficar cada vez mais pesada.

Porém quando o racional começa a dormir ele escuta a campainha tocar. Apesar de estar um pouco assustado e zonzo ele consegue levantar mais demora alguns segundos para localizar o seu chinelo que estava debaixo da cama.

Descendo as escadas o racional quase tropeça num dos degraus, mas consegue manter o equilíbrio e chega até a porta de entrada. Virando a chave, e puxando a maçaneta ele começa a abri-la. Dois agentes do AIRI (Agência de Inteligência do Reino Insalubre) estavam na porta.